Segurança da Informação e Inteligência Artificial: novos riscos corporativos
- Mainsafe

- 2 de nov.
- 4 min de leitura

Entenda como a ISO 42001 ajuda empresas a lidar com riscos, ética e conformidade em sistemas de IA
A Inteligência Artificial (IA) já faz parte da rotina corporativa — dos chatbots e assistentes virtuais aos sistemas de análise preditiva, monitoramento e automação.Mas, junto com os benefícios, surgem novos riscos: uso indevido de dados, decisões automáticas sem transparência e falhas que podem impactar pessoas e organizações.
A ISO/IEC 42001:2023, primeira norma internacional para Sistemas de Gestão da Inteligência Artificial (AIMS), traz uma estrutura completa para implementar, auditar e manter o uso responsável da IA, em alinhamento com a ISO 27001 (segurança da informação) e a LGPD.
O que a ISO 42001 propõe
A ISO/IEC 42001 é uma norma de gestão (assim como a ISO 9001 ou 27001) e fornece um modelo estruturado para o uso seguro, ético e responsável da Inteligência Artificial.
Ela define requisitos para:
Governança e responsabilidade sobre sistemas de IA;
Identificação e avaliação de riscos específicos da IA;
Transparência, rastreabilidade e explicabilidade dos algoritmos;
Conformidade com legislações como a LGPD e a futura Lei Brasileira de IA (PL 2338/2023);
Ciclo de vida seguro dos dados usados para treinar e operar modelos de IA.
💡 Em resumo: a ISO 42001 ajuda a garantir que a IA seja confiável, segura e auditável.
Como a IA impacta a segurança da informação
Os sistemas de IA processam grandes volumes de dados — muitas vezes, dados pessoais e sensíveis — e podem gerar riscos inéditos que não se aplicam aos sistemas tradicionais.
Principais riscos corporativos relacionados à IA:
Exposição de dados confidenciais durante o treinamento de modelos;
Armazenamento de dados pessoais sem base legal (LGPD);
Acesso indevido a prompts e resultados sensíveis (prompt injection, data leakage);
Manipulação de modelos ou uso de IA generativa para fraudes e desinformação;
Falta de rastreabilidade e explicabilidade das decisões automatizadas;
Dependência tecnológica e vulnerabilidade de integridade dos modelos.
A ISO 27001 continua sendo a base para proteger informações, mas a ISO 42001 amplia o foco, incluindo governança, ética e gestão de riscos de IA.
Relação entre IA, ISO 42001, ISO 27001 e LGPD
Pilar | ISO 42001 | ISO 27001 / 27701 | LGPD |
Segurança | Gestão de riscos de IA e proteção de dados de treinamento | Confidencialidade, integridade e disponibilidade | Art. 46 – Segurança e prevenção |
Privacidade | Avaliação de impacto da IA sobre titulares | Tratamento de dados pessoais e sensíveis | Finalidade e base legal |
Transparência | Requisitos de rastreabilidade e explicabilidade dos algoritmos | Gestão de logs e auditorias | Art. 9º – Direito à informação |
Governança | Responsabilidade e controles sobre decisões automatizadas | Estrutura do SGSI e PIMS | Art. 20 – Revisão de decisões automatizadas |
A integração dessas normas permite que a empresa tenha um sistema unificado de governança, segurança e ética digital.
Boas práticas de segurança para uso de IA
Com base na ISO 42001 e nas melhores práticas de segurança da informação (ISO 27002), toda empresa que utiliza IA deve:
Mapear os sistemas de IA em uso
Registrar onde a IA está sendo utilizada (marketing, RH, suporte, jurídico, etc.) e identificar que dados são tratados.
Definir responsabilidades e papéis
Cada modelo de IA deve ter um responsável técnico e um responsável ético, conforme previsto na ISO 42001.
Avaliar riscos e impactos
A norma orienta o uso de RIPD (Relatório de Impacto à Proteção de Dados) e RIA (Relatório de Impacto de IA) para avaliar riscos à privacidade e à segurança.
Garantir segurança técnicaAplicar controles da ISO 27001, como:
Criptografia e anonimização de dados;
Acesso controlado e autenticação multifator;
Monitoramento e logs das interações com IA;
Validação contínua da integridade dos modelos.
Treinar e conscientizar usuáriosCapacitar equipes para reconhecer riscos de uso indevido, vazamento de dados e geração de conteúdo falso.
LGPD, IA e responsabilidade corporativa
A LGPD (art. 20) garante ao titular o direito de solicitar revisão de decisões automatizadas que afetem seus interesses.Ou seja, se um sistema de IA negar crédito, realizar triagem de currículos ou tomar decisões automatizadas, a empresa precisa explicar o critério adotado e isso exige rastreabilidade e transparência.
A ISO 42001 ajuda a estruturar esse processo, fornecendo mecanismos para:
Documentar decisões automatizadas;
Justificar resultados de IA;
Evidenciar conformidade perante a ANPD e futuros órgãos de fiscalização da IA.
Como o DPONOTE e a MainSafe podem ajudar
DPONOTE – Governança integrada LGPD + IA + ISO
Registro e gestão de sistemas de IA e seus dados de treinamento;
Integração com módulo de RIPD
Gestão de riscos e controles baseados na ISO 42001 e 27001;
Relatórios e evidências para auditorias e fiscalizações.
MainSafe – Consultoria em segurança e governança de IA
Implementação dos requisitos da ISO 42001;
Avaliação de riscos éticos, legais e técnicos da IA;
Integração de segurança da informação e privacidade (LGPD + ISO 27701);
Treinamentos corporativos e conscientização sobre uso responsável da IA.
Com a MainSafe e o DPONOTE, sua empresa estará pronta para a nova era da regulação de IA, com segurança, transparência e conformidade desde o primeiro algoritmo.












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