Gestão de vulnerabilidades e correções: como identificar, priorizar e reduzir riscos de segurança da informação
- Mainsafe

- 13 de nov.
- 3 min de leitura

Aprenda a aplicar as boas práticas da ISO 27001, 27002 e 27005 para manter sua empresa protegida e em conformidade com a LGPD
A segurança da informação não depende apenas de boas políticas ou firewalls modernos. Na prática, o que separa uma organização segura de uma vulnerável é a capacidade de identificar e corrigir falhas antes que sejam exploradas.
A gestão de vulnerabilidades é um dos pilares do Sistema de Gestão da Segurança da Informação (SGSI) definido pela ISO/IEC 27001 e detalhado no controle 8.8 da ISO/IEC 27002:2022, que exige que as empresas implementem processos contínuos de detecção, avaliação e tratamento de vulnerabilidades.
O que é uma vulnerabilidade?
Uma vulnerabilidade é qualquer fraqueza técnica, humana ou processual que possa ser explorada para comprometer a confidencialidade, integridade ou disponibilidade da informação.
Exemplos comuns incluem:
Sistemas desatualizados ou sem patch de segurança;
Senhas fracas e reutilizadas;
Acesso indevido a redes e servidores;
Falhas de configuração em serviços na nuvem;
Falhas de processo ou de segregação de funções.
A gestão de vulnerabilidades não é apenas técnica é um processo de governança que conecta risco, auditoria e conformidade.
O que diz a ISO 27002 sobre vulnerabilidades (Controle 8.8)
O controle 8.8 da ISO/IEC 27002 estabelece que as organizações devem:
Identificar vulnerabilidades conhecidas e potenciais em sistemas e serviços;
Avaliar riscos associados a cada vulnerabilidade;
Priorizar ações corretivas de acordo com a criticidade;
Monitorar continuamente novas falhas divulgadas por fornecedores e comunidades de segurança;
Implementar um processo cíclico de correção e verificação
Esse controle está diretamente ligado à gestão de riscos (ISO 27005) e à melhoria contínua do SGSI (PDCA).
Etapas do processo de gestão de vulnerabilidades
Etapa | Descrição | Ferramentas/Controles |
1. Identificação | Detectar vulnerabilidades com varreduras, relatórios e análises de fornecedores. | Scanners, CVE, inventário de ativos |
2. Avaliação de risco | Analisar probabilidade e impacto, considerando o contexto operacional. | ISO 27005, matrizes de risco |
3. Priorização | Classificar vulnerabilidades críticas e definir prazos de correção. | CVSS, SLA de tratamento |
4. Correção (Remediação) | Aplicar patches, ajustar configurações, restringir acessos ou mitigar riscos. | Gestão de mudanças |
5. Verificação | Testar se as correções foram eficazes e atualizar registros. | Testes de penetração, auditorias |
6. Melhoria contínua | Reavaliar o processo, atualizar políticas e registrar lições aprendidas. | PDCA, revisão de controles |
O ciclo se repete continuamente, pois novas vulnerabilidades surgem todos os dias.
Conexão entre vulnerabilidades, ISO e LGPD
A LGPD (art. 46) obriga controladores e operadores a adotar medidas para proteger dados pessoais contra acessos não autorizados, destruição ou perda acidental.Falhas técnicas ignoradas ou não corrigidas podem gerar incidentes reportáveis à ANPD (art. 48) e até multas de até 2% do faturamento.
Aplicar o controle 8.8 da ISO 27002 e o processo da ISO 27005 é a forma mais eficaz de demonstrar à ANPD que a empresa atua preventivamente para reduzir riscos de incidentes.
Exemplo prático
Imagine que um servidor interno possui uma vulnerabilidade crítica conhecida (CVE).
Com um processo estruturado de gestão de vulnerabilidades:
O time identifica a falha via varredura automatizada;
Avalia o risco de exploração e impacto nos dados pessoais;
Prioriza a correção com base no CVSS;
Registra a evidência no sistema;
Audita a remediação e fecha o ciclo.
Sem esse processo, o mesmo incidente poderia resultar em vazamento de dados e notificação obrigatória à ANPD.
Como o DPONOTE e a MainSafe podem ajudar
MainSafe – Consultoria e auditoria ISO e LGPD
Implementação de processos de gestão de vulnerabilidades e correções conforme ISO 27001 e 27002;
Integração com gestão de riscos (ISO 27005) e planos de continuidade (ISO 22301);
Auditorias internas, simulações de incidentes e planos de ação corretiva;
Treinamentos e capacitações.
DPONOTE – Plataforma integrada de segurança e conformidade
Registro e monitoramento de vulnerabilidades identificadas e tratadas;
Integração com planos de ação, auditorias e gestão de riscos;
Geração de evidências e relatórios automáticos para ANPD e certificações ISO;
Histórico completo de correções e revisões de segurança.
Com a MainSafe e o DPONOTE, a gestão de vulnerabilidades deixa de ser um desafio técnico e se transforma em um processo contínuo de melhoria, conformidade e confiança.












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